terça-feira, 2 de junho de 2009
do meu primo (que lindo)
Matilde
“Fica mais um pouco, és tão bela”
Conhecera Matilde quando ela passara por Ilhéus junto com a companhia cigana de circo e teatro. Era atriz, cantora e malabarista.
Se apaixonaram naquele mesmo dia. Comiam com o mesmo garfo, cada um de uma vez, e ela bebia o aguardente direto de sua boca.
Ele a acariciava tão bem que a alma dela murmurava em seu corpo, e ela o amava e pedia-lhe que urinasse dentro dela.
Lhe implorou, certa vez, para que mordesse um pedaço de sua orelha e o comesse, e nunca fechava as portas e gavetas atrás de si a fim de não interromper a felicidade.
Era tão bela que amedrontava as pessoas. Os homens a temiam, as mulheres a invejavam. Ao nascer, tomara tudo que a mãe tinha de belo, de maneira que esta, depois do parto, ficou feia para sempre.
Era uma mulher silenciosa, que crescera no mutismo das intermináveis leituras paternas de uma única e mesma oração, em torno da qual tecia-se sempre o mesmo silêncio.
Ficaram juntos por três dias e três noites.
***
em imperiocarletista.blogspot.com
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2 comentários:
Que moral hein prima...
Esse é um dos trechos da história do Marechal Carleto Gaspar.
Impressionante como a historiografia brasileira jamais se debru'cou sobre personagem t~ao fascinante.
Em quatro anos na graduaçã de história, e ele nunca foi sequer mencionado
bjoo
não há de ser nada, estamos aqui unidos em tropa para reparar esse erro!
;)
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